terça-feira, 7 de outubro de 2008

Educação Financeira: Uma necessidade urgente em nosso currículo escolar.

Nos longos anos em que passamos na escola antes de entrarmos para a universidade, somos obrigados a memorizar nomes, datas, enfim, informações de pouca utilidade na vida real. Entretanto, durante todo esse tempo,praticamente nada é ensinado sobre economia, finanças ou impostos.

O sistema educacional ignora o assunto "dinheiro", algo que parece um bicho-papão para os governantes do nosso país. Por incompetência cognitiva ou descaso para com o assunto, ou por razões não muitos claras, não se tem dado a mínima atenção para esse mal que vem contribuindo para destruir milhões de famílias brasileiras que se encontram enterradas por não saberem administrar seu dinheiro. Para termos maior clareza sobre o assunto, a alfabetização financeira é fundamental para ser bem-sucedido em um mundo complexo como o mundo em que vivemos.

Se fizermos um curso universitário fora da área econômica, completaremos a formação superior sem ter obtido quaisquer noções de finanças. Está mais do que provado que essa falha que leva aos fracassos pessoais e familiares é de total responsabilidade dos nossos governantes. Muitas pessoas apresentam rejeição diante das expressões financeiras. Como a escola não dá qualquer instrução financeira, as crianças crescem e continuam ignorando o assunto "dinheiro".

Quando os adultos se deparam com os esquisitos termos do mundo das finanças, a tendência é fugir deles. É grande o número de empresários que não sabem a diferença entre um balanço, uma demonstração de renda e um fluxo de caixa, além dos inúmeros empregados e profissionais autônomos que não têm qualquer noção do assunto. Todos somos vítimas dessas falhas sérias que persistem e nos rodeiam a cada dia. O sistema educacional brasileiro, mesmo nos cursos da área, não tem preocupação em ensinar como gerir finanças pessoais, não discute a postura de vida diante do dinheiro e não fala da relação entre emoções e sucesso financeiro.

Em um curso específico de economia você aprende a resolver os problemas de um país, mas não aprende a resolver os seus próprios problemas. A consciência dessa realidade é adquirida por meio dos próprios erros que o sistema financeiro denominado "capitalismo selvagem" nos faz cometer. Até quando iremos herdar pobreza, dívidas, complexo de inferioridade e insegurança? O sucesso, ou o insucesso na gerência das finanças pessoais é decidido pelos resultados que formos capazes de conseguir nas três habilidades relativas ao manejo do dinheiro: Como ganhamos. Como gastamos. Como investimos.

Ao contrário do que muitos pensam, o dinheiro não é uma questão material. O dinheiro tem uma função existencial: ele ajuda a conquistar tempo, liberdade e controle sobre nossa vida. Não é necessário ser rico para ser feliz, não é disso que se trata. Todavia, a falta de dinheiro gera sofrimentos, sobretudo na fase em que somos mais vulneráveis, isto é, na velhice. Quando chega essa fase, a falta do dinheiro produz insegurança, carências materiais e, por conseqüência, ausência de paz, saúde e crédito.

Vale lembrar que "a onda dos empréstimos consignados", que tomou conta do país, é uma verdadeira humilhação para a população que vem sofrendo há anos por não ter tido acesso à disciplina "EDUCAÇÃO FINANCEIRA NAS ESCOLAS". São milhões de aposentados, pensionistas, funcionários públicos e privados, aderindo a essas modalidades de exploração capitalista.

Observo ainda que existem muitas pessoas que não recebem sequer um centavo de seu salário há meses, porque o dinheiro de suas contas fica no banco ou é descontado diretamente na folha de pagamento, ficando, muitas vezes, sem sua subsistência, obrigados a recorrer aos agiotas para garantir a sobrevivência. É bastante grande o número de pessoas e famílias que fracassa na gestão das suas finanças, não porque ganham insuficientemente, mas porque não sabem poupar e multiplicar; e há os que conseguem bons resultados quando o objetivo é poupar, mas não têm a mesma habilidade para multiplicar.

Por isso vale o esforço para dizer que uma esperança paira no ar. O "PROJETO EDUCAÇÃO FINANCEIRA NAS ESCOLAS" vem ganhando apoio de toda a imprensa nacional e está chegando a quase um milhão de assinaturas colhidas de populares em todo o país, de um total de 1,8 mil. A cada dia as pessoas estão aderindo a essa idéia inovadora que contribuirá para o crescimento e desenvolvimento do Brasil. Pode levar alguns anos, mas é a mais importante proteção para enfrentar as oscilações da economia brasileira e conscientizar toda a população.

Cláudio Boriola Consultor Financeiro, Palestrante e Autor do livro "Paz, Saúde e Crédito" o livro que vai mudar a sua vida, batizado por Paulo Henrique Amorim como "A bíblia dos endividados", especializado em Administração Financeira, Economia Doméstica e Direitos do Consumidor. Diretor-presidente da Boriola Consultoria e está comprometido em desenvolver um trabalho diretamente ligado às questões sociais, interferindo de forma positiva no bem-estar e na qualidade de vida das pessoas.

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